Em 2013, aos 52 anos, Fernando José dos Santos começou a apresentar um quadro de cansaço, falta de ar, de apetite e insônia. Após uma série de exames, o resultado: insuficiência renal. Como tantos pacientes que recebem esse diagnóstico, Fernando sentiu angústia, medo e tristeza.

Da vida tranquila como marido de Dilza, pai de gêmeos e pintor de prédios e residências, Fernando entrava no mar revolto e incerto de quem perde o bem mais precioso: a saúde. Foi necessário iniciar a hemodiálise, que numa linguagem bem simples, é quando uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo parte do trabalho que o rim doente não pode fazer.

Na Santa Casa de Lavras, Fernando realizava o procedimento três vezes por semana, por cerca de 4 horas. Quando já estava muito debilitado, tinha perdido 26 quilos desde a descoberta da doença, uma luz no túnel apareceu, iluminando e apontando para um novo caminho - o transplante de rim.

Encaminhado pela Santa Casa ao Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, Fernando realizou uma série de exames que permitiram que entrasse para a fila de transplantes. Era março de 2017. No mesmo ano, em maio, Fernando recebia um novo rim, uma nova vida.

Aos poucos Fernando foi ganhando mais força e reestabelecendo a saúde. Tudo já era gratidão, mas ele ainda recebeu outra boa surpresa. Dois anos após o transplante, Fernando iniciou, na Santa Casa, o trabalho como porteiro do setor de Hemodiálise. De paciente a colaborador!

"O caminho entre o diagnóstico, tratamento e transplante, foi de enorme aprendizado e me fez um homem renovado na saúde e espiritualmente", diz Fernando com emoção e alegria, e completa: "doe órgãos, eles salvam vidas!"